Por que tomar vacinas? Encontre as respostas para essa e outras dúvidas aqui
A pandemia de covid-19 trouxe à realidade um novo panorama em relação a importância das vacinas para a saúde coletiva. Graças a imunização em massa, pudemos voltar à vida normal.
Mas é importante destacar que mesmo muito antes do coronavírus, a vacinação já desempenhava um papel fundamental na proteção de outras doenças. A história nos mostra outros períodos em que doenças assolavam populações ao redor do mundo e, com o desenvolvimento da ciência, pode-se alcançar a erradicação.
Por outro lado, da mesma forma que os imunizantes surgiram ao longo dos anos, os movimentos antivacina conseguiram encontrar espaço para espalhar desinformação e medo entre as pessoas, dificultando e tornando mais demorada a proteção.
Em 1904, quando a vacina da varíola se tornou obrigatória para controlar uma doença que já provocava incontáveis mortes, a Revolta da Vacina na cidade do Rio de Janeiro ganhou força suficiente para reverter a decisão.
Atualmente, a história contada há mais de um século praticamente se repete quando as campanhas de vacinação nacionais não conseguem alcançar as metas de imunização entre a população.
No SESI, temos como objetivo reverter os danos causados pela desinformação. A cada ano, trabalhamos para conscientizar e levar mais proteção e saúde ao máximo de pessoas por meio das vacinas.
Neste texto, vamos abordar alguns tópicos relevantes sobre as vacinas e as principais doenças as quais os imunizantes ajudam a proteger. Boa leitura!
Como são feitas as vacinas?
As vacinas são produtos criados para estimular que nosso organismo consiga se defender quando invasores – como os vírus e as bactérias – o contaminam. Elas podem ser desenvolvidas utilizando diferentes técnicas, como o uso de microrganismos inativados ou enfraquecidos, partes do organismo causador da doença, ou até mesmo com moléculas sintéticas.
O que todas elas têm em comum é o longo período de pesquisa e análise antes de serem aplicadas nos seres humanos para garantir a sua eficácia e segurança.
Até mesmo em casos em que um imunizante é desenvolvido de forma rápida – como no caso da covid-19, se comparada a outros – é importante lembrar que isso só foi possível porque a ciência ofereceu um forte alicerce para ser utilizado como base.
Por fim, para garantir ainda mais segurança, autoridades regulatórias participam de todos os processos de desenvolvimento das vacinas, partindo dos testes iniciais até a fabricação e distribuição dos imunizantes aos serviços de vacinação.
Com as vacinas, doenças perigosas foram erradicadas
A maior comprovação da importância das vacinas se dá pela erradicação ou quase eliminação de doenças ao longo dos tempos. É preciso lembrar que a vacinação, embora individual, é um ato de amor coletivo. Em todos os casos registrados, a erradicação só foi possível pela alta adesão da população em se vacinar.
A seguir, confira alguns casos de destaque.
Varíola: uma das primeiras doenças erradicadas a partir da vacina
A varíola (smallpox) é uma doença altamente contagiosa, provocada por vírus, e que tem sintomas similares aos da gripe, além de irritações na pele. Por muitos anos, a doença causou inúmeras mortes devido a sua facilidade de propagação, que pode ocorrer pelo contato de pele e por gotículas respiratórias no ar.
Em 1980, a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a considerar a varíola uma doença erradicada, por não serem mais registradas infecções de forma natural. O resultado só foi obtido devido a uma ampla campanha mundial de vacinação.
Em 2022, a epidemia de varíola dos macacos (monkeypox) – um subtipo viral diferente – roubou a cena nos noticiários, chamando a atenção para a facilidade de propagação. Em maio de 2023, a OMS declarou o fim da emergência em saúde após ações de controle. Contudo, é importante destacar que esse subtipo da doença não foi erradicado e ainda exige atenção.
Poliomielite: a doença que provoca paralisia infantil
O último caso confirmado de poliomielite nas Américas aconteceu em 1991 e, por esse motivo, a doença é considerada erradicada pela OMS. Contudo, por ainda existir em outros continentes, o risco de importação da doença não é descartado, exigindo uma atenção recorrente.
Altamente contagioso, o vírus da pólio é capaz de destruir partes do sistema nervoso, causando paralisia permanente nas pernas ou braços.
Rubéola: a mais recente doença erradicada no Brasil
Ao contaminar gestantes, o vírus da rubéola oferece graves riscos à mãe e ao bebê. Em muitos casos, abortos, natimortos e recém-nascidos com malformações congênitas são alguns dos principais riscos.
Após uma ampla campanha de vacinação – inicialmente entre 1998 e 2002, e depois em 2008 – a cobertura vacinal geral chegou a 97%. Com isso, a transmissão autóctone da doença (aquela que acontece na própria região) foi interrompida, não tendo registros desde 2009.
Conheça doenças que ainda precisam de atenção e suas respectivas vacinas
A busca pela erradicação das doenças não é uma tarefa simples. Como visto nos exemplos anteriores, é preciso de uma cooperação coletiva para que todas as pessoas se vacinem, reduzindo as taxas de transmissão por completo.
Contudo, diversas doenças ainda exigem atenção. Os imunizantes são indicados no calendário de vacinação, muitos deles ainda no período da primeira infância.
Confira algumas das principais vacinas disponíveis.
Vacina BCG
A vacina protege contra formas graves da tuberculose. Ela deve ser administrada ainda na primeira infância, por meio de dose única.
Vacinas para Hepatites
As hepatites virais são doenças caracterizadas pela inflamação do fígado. A vacina para o tipo A da doença deve ser aplicada a partir dos 12 meses de idade, enquanto a vacina para o tipo B deve ser aplicada ainda nas primeiras horas após o nascimento.
Vacinas Meningocócicas
Essas vacinas protegem a população contra meningites e infecções generalizadas causadas pelo Meningococo. A vacina para o tipo B é recomendada para crianças e adolescentes, enquanto a ACWY é indicada para crianças a partir dos 3 meses, adultos e idosos.
As vacinas meningocócicas são recomendadas também para pessoas que irão viajar para regiões onde há risco aumentado de contrair a doença.
Vacinas Pneumocócicas
Os pneumococos são bactérias responsáveis por doenças como meningites, pneumonias e otites.
A vacina pneumocócica conjugada 13 valente deve ser administrada em crianças de 2 a 6 anos, enquanto a pneumocócica 23 valente pode ser administrada para crianças a partir de 2 anos, adolescentes e adultos que adolescentes e adultos que tenham algum problema de saúde que tenham maior risco para doenças pneumocócicas.
Vacina da Dengue
Pouco conhecida entre a população, a vacina contra dengue – de nome Qdenga –, composta por quatro diferentes sorotipos do vírus causador da doença, foi aprovada em março deste ano pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O produto é destinado a crianças com mais de quatro anos, adolescentes e adultos de até 60 anos de idade. A aplicação será em esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre elas.
Fique atento ao seu calendário de vacinação
Para se proteger contra as doenças, grande parte das vacinas são aplicadas ao longo dos primeiros anos de vida, exigindo reforços já a partir da adolescência.
Por esse motivo, é preciso conhecer e ficar atento ao seu calendário de vacinação.
Em nossa página, listamos as vacinas presentes no calendário nacional de vacinação e a indicação etária para aplicação das doses. Confira aqui.
Encontre a clínica SESI mais próxima
Para colocar o seu calendário vacinal em dia e se proteger contra as doenças, procure a clínica do SESI mais próxima. Estamos em todas as regiões do estado de Santa Catarina.
Em nosso site disponibilizamos a lista de cidades, endereços e telefones. Por ele, você pode verificar a disponibilidade das doses e realizar o agendamento.
Caso tenha dúvidas, não hesite em entrar em contato.
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