Ergonomia no trabalho: saiba como garantir maior saúde e segurança para colaboradores
Para saber se a ergonomia no trabalho está presente em sua empresa, basta se perguntar se os equipamentos e os espaços de trabalho são adequados para a realização das atividades. Se todas as condições forem favoráveis, ela está presente.
Mas nem sempre é assim!
A norma regulamentadora 17, que dispõe sobre a ergonomia no trabalho e foi recentemente atualizada, existe para garantir a adequação desses ambientes, possibilitando maior saúde e segurança dos trabalhadores.
Para conhecer mais sobre o assunto, te convido para essa leitura. Aqui você encontrará:
- O que é ergonomia no trabalho?
- Quais os objetivos da ergonomia?
- O que é a Norma Regulamentadora 17?
- O que são riscos ergonômicos e quais os principais?
O que é ergonomia no trabalho?
Entende-se como ergonomia o estudo de uma atividade e como ela impacta na vida dos trabalhadores. É por meio desse estudo que se promove a adaptação do meio de trabalho em relação ao colaborador, eliminando ou reduzindo os riscos.
Seus objetos de estudo são relacionados a vários aspectos, como a postura, os movimentos corporais, os fatores ambientais, entre outros, em que o trabalhador está exposto.
Para conseguir analisar e identificar todos os riscos possíveis, entra o papel do ergonomista. Esse profissional é responsável por utilizar e aplicar teorias, princípios, dados e métodos que visam otimizar o bem-estar humano e desempenho dos sistemas.
A importância da ergonomia no ambiente de trabalho
A ergonomia não deve ser um estudo implantado somente para cumprir a legislação vigente. Ela deve estar presente na cultura organizacional, como uma ferramenta para criar valor, promover a inovação, aumentar a produtividade e competitividade e manter o recurso mais valioso de uma organização: a saúde do trabalhador.
Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a estimativa é que as perdas com doenças e acidentes do trabalho correspondam a 4% do PIB global a cada ano.
A prevenção, por meio do conhecimento e controle dos riscos ergonômicos é, certamente, o melhor caminho, pois é capaz de reduzir custos com reabilitação e tratamento de doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho (DORT).
Além disso, a ergonomia no trabalho contribui com índices de produtividade, absenteísmo e outros custos diretos e indiretos em decorrência de afastamentos e rotatividade.
A normatização da ergonomia no Brasil
O controle das condições ergonômicas em um ambiente de trabalho encontra-se previsto em uma das Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho, a NR 17. Essa norma, aprovada em 1978, passou por três grandes atualizações: em 1990 e em 2007, quando incluiu dois anexos para atividades específicas: o teleatendimento e o operador de checkout, e a última em 2021, com vigência a partir de janeiro de 2022.
Essa última, além de uma nova redação, trouxe a necessidade de realização de um estudo amplo das organizações chamado de Avaliação Ergonômica Preliminar (AEP), uma avaliação qualitativa que tem como objetivo identificar as situações de trabalho que necessitam adaptação para preservar a saúde dos trabalhadores.
Desde 1978, o que se espera com esta NR é que todas as atividades laborais estejam de acordo com as condições psicofisiológicas do trabalhador, sendo dever do empregador a identificação e controle destas condições.
O gerenciamento dos riscos ergonômicos
O entendimento da presença e de como atuar diante dos riscos ergonômicos é de extrema importância para as empresas, principalmente com a atualização da NR 1, que instituiu o Programa de Gerenciamento de Risco (PGR). Este programa concentra a gestão de todos os riscos aos quais o trabalhador pode estar exposto, inclusive os ergonômicos.
Dessa forma, faz-se necessário entender a importância da ergonomia do trabalho neste atual cenário de gestão da Segurança e Saúde no Trabalho, mudança que já vêm sendo percebido há alguns anos.
O levantamento de riscos ergonômicos é possível através do estudo das atividades laborais, seja através da Avaliação Ergonômica Preliminar (AEP) e, quando necessário, pela Análise Ergonômica do Trabalho (AET).
Estes estudos das atividades laborais fundamentam a existência ou não dos riscos e trará condições para que a empresa mantenha um Programa de Gerenciamento de Riscos Ergonômicos.
Com isso, além de atender a legislação vigente, a empresa será capaz de:
- Eliminar ou reduzir riscos ergonômicos;
- Reduzir afastamentos e acidentes que estejam relacionados à ergonomia;
- Incluir a cultura de melhoria contínua em ergonomia;
O que são considerados riscos ergonômicos?
Os riscos ergonômicos são todos aqueles fatores aos quais os trabalhadores são expostos e que podem, em alguma medida, afetar a sua integridade física ou mental.
Algum dos fatores incluem esforço físico e levantamento de peso excessivo, má postura, situações que envolvam altos níveis de estresse, atividades em período noturno, repetitividade e muitos outros.
Como resultado, é comum que os trabalhadores apresentem lesões por esforço repetitivo (LER) e distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT), cansaço e dores musculares, aumento da pressão arterial e doenças nervosas, problemas na coluna e vários outros.
Na sua empresa, você investe em ergonomia? Acesse nossa página sobre o assunto e saiba mais sobre isso.
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